quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Dados em uma escala épica




Na chamada web 2.0, evolução da web onde os usuários são responsáveis diretamente pelo controle de conteúdo, podemos considerar os dados tão importantes quanto às funcionalidades disponibilizadas. Tudo que se encontra hoje na internet, seja em matéria de informação útil, ou de informação "dispensável", se deve ao dados disponibilizados. Neste ponto, a participação dos usuários na geração de dados, participação que pode ocorrer de forma consciente (blogs, mashups, etc) ou inconsciente (“ad-sense”), tem papel importante na estrutura e evolução da chamada Web 2.0.

Assim como dito anteriormente, no veio central da Web 2.0, a interação com o público é uma fonte de dados importante para diversas empresas, onde o “comportamento online” determina estratégias de marketing e desenvolvimento de novos produtos. Essas empresas se especializaram em coletar, armazenar e disponibilizar grandes quantidades de dados. Isto levanta muitas questões morais, como o problema de direitos autorais e privacidade dos dados dos usuários, principalmente ao se considerar que nem sempre os dados são coletados com autorização direta e explícita. Para equilibrar a balança, podemos verificar características muito positivas deste processo. Os usuários tornam-se verdadeiros sensores do mundo, fontes de dados da vida real, disponibilizando suas experiências no mundo da Web. Um exemplo típico de participação consciente na produção de dados e informação está nos mashups, uma reunião de dados de diferentes fontes, organizadas segundo uma lógica ou contexto, criando um novo tipo de informação e agregando conhecimento.

Além das aplicações, ainda restam às redes sociais que também possuem uma enorme capacidade de aumentar o volume de dados presentes na rede. Nesse sentido, redes como o YouTube, que permite a postagem ilimitada de vídeos e também o Flickr, que fornece aparatos para a postagem rápida e eficiente de fotos pelos usuários, são ambientes cujo o conteúdo tem um crescimento constante.

Mais que uma teoria, existe a convenção de que tamanha quantidade de dados pode deixar os usuários "sufocados" e perdidos sobre suas opções de ação. Deste fato vemos a importância de ferramentas agregadoras de informação e de pesquisas, de forma a possibilitar ao usuário um acesso mais fácil e direcionado a esses dados. Além disso, há obviamente a necessidade da existência de empresas como Amazon e Google capazes de fornecer a infra-estrutura necessária para conter a imensa escala de dados: a chamada computação nas nuvens. Basicamente trata-se da infra-estrutura que fornece os recursos de Tecnologia da Informação (processamento, armazenamento) na forma de serviços na Web (armazenamento/compartilhamento de dados na Web, ferramentas de colaboração na Web, etc). O acesso a alguns desses dados numa escala sem precedentes (como fotografias (Flickr), bookmarks (delicious), dados cartográficos (Google Maps), e também dados indexados, como a busca do Google) que a Web 2.0 disponibiliza, já estavam disponíveis na Web 1.0, mas não tão bem estruturados e centralizados.

Por fim, podemos dizer que a escala de dados está na mesma proporção da participação e acesso das massas no mundo da Internet. Fica claro o seu papel de geradora de dados (consciente ou inconsciente) cabendo às grandes empresas e desenvolvedores, a tarefa de processar, armazenar e disponibilizar na computação em nuvem esse grande volume de dados.

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